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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Resenha: O Diário de Anne Frank


Livro: O Diário de Anne Frank
Título Original:  Het Achterhuis
Autor(a):  Anne Frank (editado por Otto H. Frank e Mirjam Pressler)
Editora: Record
ISBN: 8501044458
Páginas: 352


Neste livro, temos as palavras de Anne Frank, uma adolescente  que mateve um diário no qual narrou por um pouco mais de dois anos (no período de 12 de junho de 1942 a 1º de agosto de 1944), durante a Segunda Guerra Mundial, o sofrimento que enfrentou com sua família em um anexo secreto.
O diário inicia-se em 12 de junho de 1942, depois que Anne ganha de presente de aniversário de 13 anos, um diário, o qual posteriormente, coloca o nome de Kitty. Anne escreve sobre coisas normais, como: escola, família, seus desejos de menina e etc. Entretanto, tudo muda quando sua irmã mais velha, Margot, recebe uma solicitação para comparecer a um centro nazista e então, naquela mesma noite, sua família foge. Algo que já planejavam há um tempo e com a ajuda de amigos, seguem para um anexo e lá fazem morada.
Depois desse acontecimento, a escrita de Anne muda (era de se esperar), ela começa a fazer relatos sobre a convivência diária com sua família, seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank, irmã mais velha Margot e mais quatro outras pessoas, Hermann van Pels, Auguste van Pels, Peter van Pels e Fritz Pfeffer. Algo interessante é a relação que Anne mantém com Peter, que torna-se uma espécie de escape para ambos de certa forma. Em particular, amei ler os trechos do diário em que Ela falava de Peter.
Se passar pela adolescênia já é uma experiência difícil, imagine passar por ela durante uma grande guerra, na qual seu povo é perseguido e para não ser morto, você precise fugir e se esconder com sua família... Nem dá pra realmente imaginar algo assim, porque por mais que pensemos, não experienciamos isso e é desolador só de pensar.
Anne, sua família e amigos, foram privados de aspectos comuns do dia-a-dia do ser humano, como andar na rua ou ir à escola, ter uma relação normal com pessoas, foram privados do direito à liberdade e no caso dos adolescentes (Anne, Margot e Peter), foram privados da própria adolescência.  
Ler algo assim, nos faz repensar a maneira como vivemos, faz-nos querer dar valor as pequenas  coisas da vida, desde um nascer do sol, a água, nossa família e amigos (bens maiores), ao fato de estarmos vivos, poder ver a luz do dia e também observar o céu pela noite. Aliás, ler qualquer relato sobre o Holocausto, é de partir o coração.
Se você, assim como eu, é emotivo, vai chorar...




Algumas citações do livro:

“O amor não é coisa que se possa pedir a alguém.
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“A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança já tenha acontecido.
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“E apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo sim. Tem dias que gostaria de ser diferente, mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com qual nasci, e mesmo assim tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.
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“Para amar alguém, a primeira condição é poder admirar - admirar e respeitar.
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“Quero amigos, não admiradores. Pessoas que me respeitem pelo caráter e pelo que faço, não pelo sorriso encantador. O círculo ao meu redor seria bem menor, mas o que importa, desde que fosse composto por gente sincera?
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“O papel tem mais paciência do que as pessoas.
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“É mais fácil murmurar os sentimentos do que dizê los em voz alta.”
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“Mas quando uma pessoa está desesperada, pode valer-lhe de alguma coisa pensar nas misérias dos outros?
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“Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana”
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“Vou tentar ser forte de novo, e, se eu for paciente, o restante virá.”
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“Foi maravilhoso. Ele deve ter passado a me amar como uma amiga, e por enquanto isso basta. Fico tão agradecida e feliz que não consigo encontrar palavras.”
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“Se você odeia uma pessoa, odeia alguma coisa nela que também é parte de você. O que não faz parte de nós não nos incomoda.”  (Hermann Hesse)

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