-->

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Resenha: As Crônicas de Nárnia



Livro: As Crônicas de Nárnia
Título Original: The Chronicles of Narnia 
Autor(a): C. S. Lewis
Editora: WMF Martins Fontes
ISBN: 9788578270698
Páginas: 739


Antes de começar, gostaria de dizer que: SPOILER ALERT.

A obra "As Crônicas de Nárnia" foi escrita no período de 1950-1956 pelo escritor irlandês Clive Staples Lewis e é a obra mais famosa do autor. É composta por sete crônicas repletas de fantasia e aventuras e em seu conteúdo o autor utilizou temas como mitologia grega e nórdia, contos de fada, assim como temas cristãos.
Tudo começa em "O sobrinho do Mago" quando Digory tem de se mudar para Londres para viver com seus tios, pois sua mãe era doente. Digory então conhece Polly, e duas crianças passam a ser amigos e começam a brincar. O tio de dele era um mago rabujento que desenvolveu uma espécie de anéis mágicos que faziam as pessoas viajarem  para outros mundos. E bem.. já conseguimos imaginar mais ou menos como conhecem a terra de Nárnia eim?..
A sequência fica com "O Leão, a Feiticeira e o guarda-roupa" e introduz as crianças: Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo. Que precisaram sair de casa, esta que ficava em Londres por causa dos ataues aéreos da guerra. As crianças foram levadas para a distante casa de um velho professor e em meio a formas de passarem o tempo, os quatro procurando coisas para fazer. Em uma das tentativas, todos encontram um imenso guara-roupa com velhos casacos em seu interior. Lúcia é a única que se interessa pelo guarda-roupa e também a primeira a adentrar (sem nem saber) ao mundo de Nárnia. 
São muitas as aventuras que todos enfrentam nesta crônica e um dos personagens mais queridos (na minha humilde opinião), é o fauno chamado Sr. Tumnus que é também o primeiro personagem da terra de Nárnia que tem contato com Lúcia. De início dá pra sentir uma 'leve' raiva de Edmundo, por ser tão malvado com Lúcia e aiás, ele é o segundo a descobrir o fantástico mundo desconhecido. Mas depois de um tempo, confesso que comecei a considerá-lo como meu personagem favorito, seguido por Lúcia é claro. 
Pedro, Suzana, Edmundo e Lúcia, eram os humanos esperados por todos em Nárnia para acabar com o inverno de cem anos, causados pela feiticeira má, que também esperava por eles, pois sabia que causariam seu fim. Esta foi a primeira crônica a ser adaptada para o cinema e parece que já comentei muito sobre esta história, vamos para a próxima! haha
 Seguimos então com "O cavalo e seu menino" que nos apresenta as terras da Calormânia, Tashban e da vizinha e aliada de Nárnia, Arquelândia. Esta crônica conta a história de Shasta, um garotinho que vive com um pobre pescador chamado Arriche, ao sul da Calormania. Shasta era muito mal tratado por seu pai adotivo, que o insultava e espancava quando estava de mau humor. O menino era obrigado a trabalhar de dia e noite e não gostava do lugar no qual vivia e muito menos do lugar em que seu pai vendia seu pescado. 
Certo dia, um estrangeiro chega montado em um cavalo e pede pousada ao pai de Shasta que o concede. Logo de cara, o garoto percebe que tal homem é diferente, não por sua cor, mas por suas vestes e barba. Seu cavalo chama muito a atenção de Shasta, pois era de aparência ótima, totalmente diferente dos que já havia visto. O motivo que leva Shasta a se aventurar é a cruel descoberta de que seu pai estava negociando com o tarcaã um preço "razoável" para a sua própria venda como escravo.. Então o menino pensa em fugir, mas não sabe como e recebe ajuda de quem ele menos esperava: o cavalo. Sim, o cavalo é um dos cavalos faantes de Nárnia! 
Em suas peregrinações Shasta e o cavalo falante que se chamava Bri, encontram-se com uma menina tarcaína chamada Aravis e uma égua também falante, chamada Huin. Com o mesmo objetivo, todos seguem juntos em uma aventura para a terra de Nárnia. Tenho que admitir que esta crônica me agradou bastante e o desfecho final dos personagens principais, foi muito merecido. O garotinho é um fofo! <3
A próxima parada é "Príncipe Caspian", a segunda adaptação para o cinema. Esta crônica marca a volta das crianças Pedro, Suzana, Lúcia e Edmundo (em sua idade normal) a Nárnia, chamados por Caspian X, um telmarino e também príncipe injustiçado que precisava da ajuda dos reis e rainhas do passado da terra de Nárnia. 
Caspian foi criado por seu tio, irmão de seu pai e a esposa dele desde que ficou órfão. Seu tio, chamado Miraz, não suportava Caspian, entretanto por não ter filhos, sabia que era melhor que o menino fosse o futuro rei de Nárnia e sendo assim, presava a educação do sobrinho, que se interessava muito por história, principalmente a história da Nárnia antiga. Na qual havia anões, animais falantes, centauros, faunos, os extraordinários reis e rainhas e é claro, o fabuloso leão, Aslam. Sua ama era quem contava as histórias da antiga Nárnia para Caspian, até que Miraz descobre e a afasta do pobre menino. Que passou a ser ensinado por doutor Cornelius, um amável velhinho que logo conquistou o garoto e que depois de um tempo passou a ser a nova fonte de histórias da Nárnia antiga para Caspian. Depois de algum tempo, o próprio doutor Cornelius o aconselha a fugir para que se mantenha a salvo e assim começam as aventuras desta crônica que é ótima!
A quinta crônica chama-se "A viagem do Peregrino da Alvorada", terceira e ultima adaptação para o cinem até o momento, que marca as viagens do rei Caspian de Nárnia, em busca dos sete amigos desaparecidos de seu pai. Nesta história, apenas Edmundo e Lúcia voltam ao mundo de Nárnia. Mas antes disso, eles são mandados (contra a vontade deles), para a casa de um primo insuportável, Eustáquio, que amava tirar todos do sério. Certo dia Edmundo, Eustáquio e Lúcia, são levados ao encontro de Caspian e o acompanham em suas buscas pelos amigos e seus pais a bordo do Peregrino da Alvrada (navio).
Na sexta e penúltima crônica, "A cadeira de Prata", apenas Eustáquio aparece, juntamente de uma amiga da escola na qual estuda chamada Jill. Aslam leva as duas crianças a Nárnia para tentarem salvar Rilian, filho de Caspian, que foi sequestrado por uma feiticeira e mantido em cativeiro sem que ninguém soubesse de seu paradeiro. Logo Aslam dá sinais para que sigam e consigam encontrar o príncipe desaparecido há dez anos.
A últma crônica se inicia de forma um tanto diferente das outras (talvez por ser  a última não é haha), com um macaco (Manhoso) e um jumento (Confuso). As coisas em Nárnia estavam indo muito bem, pelo menos de acordo com que quase todos pensavam. O último rei é Tirian e seu melhor amigo é Precioso um unicórnio. Eustáquio e Jill voltam a Nárnia juntamente com quase todos os seus primos, Pedro, Edmundo e Lúcia. E o que vou dizer sobre a última crônica é que explica muita coisa de toda a história das outras seis primeiras.
Algo que mais me agradou no livro é como as histórias se conectam umas com as outras. C. S. Lewis realmente sabe como conquistar o leitor, porque quando a historia aparenta estar "parada" acontece aguma coisa para surpreendê-lo e se uma crônica não é "tão empolgante" quanto a anterior, tem uma seguinte que pode ser melhor ainda que a outra. Gosto como Lewis mistura vários elementos (mitologia grega e nórdica, temas cristãos e contos de fadas), nas histórias. O livro com todas as crônicas pode ser um pouco grande, mas vale a pena lê-lo.
Uma curiosidade é que a ordem cronológica em que os acontecimentos são dispostos não é a mesma em que foi publicada. A ordem de lançamento das crônicas é: O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa; Príncipe Caspian; A Viagem do Peregrino da Alvorada; A Cadeira de Prata; O Cavalo e seu Menino; O Sobrinho do Mago e A Última Batalha.



Título das Crônicas na sequência do livro:

"O sobrinho do Mago"
"O Leão, a Feiticeira e o guarda-roupa"
"O cavalo e seu menino"
"Príncipe Caspian"
"A viagem do Peregrino da Alvorada"
"A cadeira de prata"
"A última batalha

Algumas das minhas citações favoritas do livro:

"Acho quase todos nós temos um país secreto, que, para a maioria, é apenas um país imaginário."
"Gente grande tem mania de dar explicações sem graça."
"Acho que, se a gente pudesse correr sem nunca se cansar, nunca mais iria querer parar. Mas às vezes existem razões muito especiais para se parar."
"Chorar ajuda por um tempo, mas depois é preciso parar de chorar e tomar uma decisão."
"Embora a prisão deles esteja unicamente em suas próprias mentes, eles continuam lá. E tem tanto medo de serem ludibriados de novo que não conseguem livrar-se."
"Nem tudo está perdido como parece… sabe, coisas extraordinárias só acontecem a pessoas extraordinárias, vai ver é um sinal que você tem um destino extraordinário, algum destino maior do que você pode ter imaginado."
"Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um Narniano, mesmo que Nárnia não exista."
"Descende de Adão e Eva. É honra suficientemente grande para que o mendigo mais miserável possa andar de cabeça erguida, e também vergonha suficientemente grande para fazer vergar os ombros do maior imperador da Terra."

2 comentários:

Postar um comentário